Juventude negra debate combate ao racismo e igualdade de direitos

O Fórum Estadual de Juventude Negra do ES – FEJUNES promoveu, nos dias 26 a 28 de julho, o IV Encontro Estadual da Juventude Negra do Espírito Santo.

O Encontro aconteceu na Escola Estadual da Comunidade Quilombola de Grauna, no município de Itapemirim, sul do Estado.

Com o tema A chave é se aquilombar, o evento reuniu mais de 200 jovens capixabas.

 

 

 

 

 

 

 

A programação contou com palestras, oficinas, grupos de trabalho , atividades culturais e debates a cerca das questões que afetam a juventude negra no Espírito Santo, no Brasil e no mundo.

A presidente do FEJUNES, Crislayne Zeferina destacou a importância do Encontro para o compartilhamento de experiências entre lideranças jovens que lutam no combate ao racismo em todos os espaços e que auxiliem no fortalecimento dos jovens, especialmente os jovens negros da periferia e do campo.

“Estivemos aquilombados neste encontro estadual e continuaremos unidos contruindo um Estado e um país menos desigual, onde a Juventude Negra efetivamente conquiste os mesmos direitos e oportunidades, onde a vida do jovem e da mulher negra não sejam tão ameaçadas quanto são atualmente. Estamos construindo liberdade e não aceitaremos retrocessos na Democracia.”

Crislayne destacou também a parceria do SINDIUPES para a realização do Encontro.

Os diretores sindicais Adriano Albertino, da Secretaria de Relações Étnico Raciais, Tiago Melo, da Secretaria de Diversidade Sexual, e Daniel Silva, da Secretaria Região Sul, marcaram presença no Encontro participando da mesa de abertura e momentos de vivência.

Segundo Adriano Albertino, este foi um importante espaço de formação e fortalecimento da Juventude Negra do Espírito Santo, com presença de lideranças jovens do campo e da cidade.

Na visão do diretor sindical, o evento tem um significado singular de aquilombamento para construção de liberdade plena e luta pelos direitos da juventude. Inclusive direito à uma Educação que os considere sujeitos no processo ensino-aprendizagem e na qual a História e Cultura africanas estejam permanentemente presentes, como prevê a Lei 10.639/03.

“Não podemos admitir mais uma escola que atue de costas para a juventude negra, o jovem negro quer se ver nos conteúdos que a escola ensina, quer ver a matriz cultural Africana ter o mesmo destaque que as demais, afirma Adriano.”

Tiago Mello reforça a importância do respeito à Diversidade Sexual da juventude negra e o combate à toda forma de lgbtfobia . Segundo ele, “os jovens negros e negras LGBTQ+ devem estar preparados para fazer valer seus direitos em todos os espaços de atuação.”

O SINDIUPES apoia o FEJUNES e parabeniza a Juventude Negra do Espírito Santo que se organiza para a luta por seus direitos, contra o golpe e pelo fortalecimento da Democracia que neste momento segue tão ameaçada no Brasil.