Sindicato cobra do governo suspensão do retorno presencial

A Diretoria Colegiada do SINDIUPES participou na tarde desta sexta-feira (02) de nova reunião virtual com o secretário de Educação Vitor de Angelo e o subsecretário de Saúde Luiz Carlos Reblin e solicitou que o governo reconsiderasse a decisão do retorno às aulas presenciais, marcado para 13 de outubro.

O Sindicato reivindicou a suspensão da medida argumentando que ainda não há condições para um retorno seguro às atividades presenciais nas escolas, principalmente diante do aumento da taxa de transmissão da Covid na Grande Vitória, nos últimos dias, indicando que está acima de 1, portanto um cenário preocupante.

Os/as diretores/as sindicais reafirmaram que, nesse cenário, o sistema de aulas remotas é o formato mais seguro e viável, não havendo razão para expor profissionais e estudantes ao risco de contaminação, tendo em vista que falta pouco mais de dois meses para o fim do ano letivo – 23/12 -, não havendo tempo hábil para a recuperação de todos os conteúdos.

Além disso, o novo decreto de calamidade pública publicado pelo governo do Estado na terça-feira (29) demonstra que a pandemia ainda está fora de controle, ou seja o retorno nesse momento representará uma ameaça à vida dos/das trabalhadores/as, estudantes e suas famílias.

O secretário de Educação disse que o retorno é uma decisão do governo do Estado e que, dentro da avaliação dos itens dos protocolos, um total de 15 escolas da rede ainda falta completar as adequações para que possam receber professores/as e alunos. Quanto à suspensão do decreto, declarou que isso não está nos planos do governo.

Já o subsecretário Luíz Reblin afirmou que a Secretaria Estadual  de Saúde está organizando a testagem de todos/todas professores/as e que em alguns municípios o processo já foi concluído.

Como tem sido feito desde o início da pandemia, a Diretoria Colegiada do SINDIUPES tem buscado, através do dialogo, garantir a defesa da vida dos/as profissionais da Educação e de toda a comunidade escolar e, nesse sentido, aguarda a decisão da Ação Judicial impetrada pelo Departamento Jurídico do Sindicato no último dia 29/09 para suspender o retorno das aulas