Até meados do mês de maio deste ano, 948 crianças de zero a nove anos morreram por complicações da Covid-19 no Brasil, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe).
Sem políticas de proteção à infância, sem controle da pandemia e com escolas fechadas, o Brasil fica em segundo lugar no triste ranking de crianças vítimas da covid, atrás apenas do Peru.
A cada um milhão de crianças de zero a nove anos existentes no País, 32 perderam a vida para a Covid.
No Peru, país com o maior número de mortes dentre os 11 analisados, foram 41 por milhão. Países vizinhos, Argentina e Colômbia tiveram 12 e 13 mortes por milhão, respectivamente.
Para a análise, foram considerados os países que registraram pelo menos mil mortes por milhão de habitantes e que possuem mais de 20 milhões de habitantes.
Polônia e Ucrânia, que entrariam na lista, foram excluídas pela ausência de dados. O cálculo foi feito pelo Estadão com apoio de Leonardo Bastos, estatístico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nos países europeus, o cenário foi completamente diferente.
O Reino Unido e a França registraram apenas quatro mortes de crianças de zero a nove anos, o que dá uma taxa de 0,5 morte por milhão em cada um dos países.
No continente, o maior número foi registrado na Espanha. Lá, a cada um milhão de crianças, três morreram por covid — um décimo do índice brasileiro. Fonte: CNTE e Portal Terra.
Leia também: SINDIUPES reforça a importância do uso da máscara e do distanciamento social