Em referência ao Dia Internacional da Mulher – celebrado em 8 de Março, a Secretaria de Gênero do SINDIUPES reafirma a necessidade de todos/todas lutarem pela igualdade de gênero, contra a violência, o feminicídio e pelo fim do racismo, do machismo e toda forma de opressão contra as mulheres.
Com o tema “Não basta lembrar. É preciso não esquecer e… Lutar!, o material alusivo à data (card e vídeo) busca chamar a atenção da sociedade para as lutas históricas das mulheres, bem como destacar as pautas atuais diante da pandemia da Covid-19 e das crises sanitária, econômica, política e social que assolam o país, agravando principalmente as condições de vida das mulheres.
Realidade precisa ser lembrada
Lamentavelmente, neste 8 de Março, é preciso lembrar que o Brasil é o 5º país no mundo em feminicídio, e que somos o primeiro no mundo em assassinatos de mulheres trans e travestis, com aumento dos crimes de ódio contra a população LGBTQIA+.
As violências doméstica, política, institucional e obstétrica seguem matando as mulheres, e assiste-se diariamente a casos de feminicídio, dentro das casas e nas ruas.
Na pandemia, o número de assassinatos de mulheres cresceu 22%, e as desigualdades de classe, raça e de gênero se aprofundaram ainda mais, afetando principalmente a vida de mulheres negras e periféricas.
Num país de 14 milhões de desempregados, 65% são mulheres que enfrentam o aprofundamento da miséria e o fim do auxílio emergencial.
As trabalhadoras que continuam no mercado também sentem os graves efeitos da pandemia e são obrigadas a conviver com aumento da jornada de trabalho, redução nos salários e queda na renda.
É importante lembrar que mulheres estão na linha de frente de combate à Covid-19 na área da Saúde e também são maioria na Educação, sendo obrigadas ao retorno das atividades presenciais, expondo-se à contaminação e ao risco de morte.
Luta
O 8 de Março é um dia simbólico para reafirmar as nossas lutas em favor da vida das mulheres, e também não esquecer: somente através da luta será possível avançar na defesa dos direitos e na implementação de política públicas que promovam a igualdade de gênero e combatam de forma efetiva a violência contra a mulher e o racismo estrutural.
Não podemos esquecer: é a participação nos movimentos sindicais e sociais que irá garantir melhores condições de trabalho e salários dignos, além de fortalecer a resistência contra medidas que retiram direitos e aprofundam as desigualdades de gênero.
Por meio da mobilização e da união conseguimos dar visibilidade às lutas das mulheres no campo e na cidade, ajudando a combater os retrocessos impostos por aqueles que reproduzem as estruturas de uma sociedade machista, racista e patriarcal.
A nossa luta é diária e, com coragem e esperança, seguiremos travando batalhas em defesa da vida das mulheres trabalhadoras, desempregadas, mulheres negras, indígenas, mulheres trans, quilombolas, mulheres de rios e igarapés, professoras e funcionárias de escola, pelas lideranças sindicais, sociais e políticas.
A nossa luta é por uma sociedade com igualdade, por direitos e contra todas as formas de violência contra a mulher.
Basta de opressão, machismo, racismo e violência!
Vacina para toda a população, já!
Em defesa do SUS e por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade!
Por empregos e pela continuidade do Auxílio Emergencial de 600 reais!
Fora Bolsonaro e Mourão!
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