Nota de Pesar pelo falecimento do diretor Aguiberto Oliveira de Lima

Chamem o que quiserem, menos de Despedida!

“A morte é apenas uma porta, mas o amor é a ponte que nos une e não para sempre”.

Certa vez esse moço de sotaque peculiar, à la baianês, mesmo sendo mucuriciense, já que à época, aquele território agregava o Estado vizinho, com uma visão social ampla de mundo nos brindou com esse comentário, compreendendo que a ausência física sempre é suplantada por lembranças de atos, traduzidos na sensibilidade de um ser, que não está em despedida; está, sim, de partida para outras dimensões espirituais.

A sua trajetória mostrou que o futuro estava repercutindo o seu laborioso passado, num presente de luz, muita luz, incandescentes luzes.

É assim que Aguiberto se apresentava para quem bem o conhecia, um ser de luz, onde lutava por uma igualdade determinante para os povos, a partir de sua região. Lutas com e pela esperança, aquela mais que esperançada, a esperança a qual ele tinha como referência a decantada fala de Paulo Freire, de esperançar; assim, nos seus termos, o esperançar é fugidia das barreiras do tempo e do espaço. A mesma que é suplantadora dos conformismos convencionais, porque ela afaga a melodia embalada de inevitáveis dores, porque os momentos apenas expressam a efemeridade da vida, mas para quem deixa legado as memórias se tornam eternas.

Esse companheiro de todas e inseparáveis horas, como grande pai, de trocas de ideias e condução; irmão comedido, da desmedida presteza zelosa; e, o filho para mãe, portador de orgulho e sinceridade. Parece que nos deixa, porque com ele não tinha nada de até breve; mas, sim, de até sempre e contem comigo!!!!

Companheiro Aguiberto, Presente!