Com 465 votos a 25, os parlamentares aprovaram, nesta sexta-feira (12/07), a redução da idade mínima para a aposentadoria dos educadores: agora será 52 anos para as mulheres e 55 anos para os homens.
Dessa forma, os professores da educação infantil e do ensino básico poderão se aposentar com cinco anos a menos do que o exigido para os demais trabalhadores.
O destaque foi aprovado pelos parlamentares durante sessão para análise das emendas à Reforma da Previdência.
A secretária de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Selene Michielin, avalia que é um avanço, mas a mobilização da categoria deve permanecer. “Tivemos apenas uma redução na idade para quem está na fase de transição. Ainda temos o pedágio 100%. A reforma não terminou temos que resistir”.
Entenda a Reforma
O texto aprovado nessa quarta-feira (10/07) estabelece uma idade mínima para a aposentadoria: 65 anos para homens e 62 para mulheres.
Também impôs mudanças no cálculo dos benefícios, que vai contabilizar a média de todas as contribuições e exigir mais tempo na ativa para um valor maior na aposentadoria.
Serão exigidos 40 anos de contribuição para um benefício igual a 100% da média das contribuições, enquanto o piso será de 60% da média. Há regras de transição para quem já está na ativa.
Manifestação
Trabalhadores, educadores e estudantes se reuniram nesta sexta-feira (12/07) contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência, em Brasília.
O ato, convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e centrais sindicais, teve concentração próximo a Biblioteca Nacional e ocorreu de forma pacífica. Os manifestantes fizeram uma caminhada até a porta do Congresso Nacional.