SINDIUPES rumo à 7ª Marcha das Margaridas, em Brasília/DF

Mulheres trabalhadoras em educação filiadas ao SINDIUPES e diretoras sindicais embarcaram rumo à Brasília (DF) para fortalecer as pautas da 7ª edição da Marcha das Margaridas, que acontece nestes dias 15 e 16 de agosto, com a expectativa de reunir 100 mil participantes de todo o país.

Com o tema Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver, a 7ª Marcha das Margaridas reunirá mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades em meio a um novo momento político do país, agora sob o governo democrático e popular de Lula.

Considerada a maior ação política de mulheres da América Latina, a Marcha acontece a cada quatro anos, desde o ano 2000, contando sempre com a participação do SINDIUPES, firme na proposta de reafirmar as lutas em defesa da vida, por direitos, liberdade e igualdade.

Preparativos

Como nas edições anteriores, o Sindicato promoveu uma ampla mobilização e realizou diversas atividades preparatórias com o objetivo de reforçar a importância da Marcha, que também busca dar visibilidade, reconhecimento político e social, cidadania e autonomia econômica para as mulheres.

Entre as atividades em preparação ao evento, destaca-se a oficina de confecção de chapéus que aconteceu na sede do SINDIUPES, em Vitória, no dia 10/08, reunindo dirigentes sindicais e trabalhadoras filiadas.

Os chapéus, a serem utilizados pelas nossas margaridas em Brasília, foram feitos com vários elementos simbolizando a construção da marcha e a luta das mulheres, e a oficina representou um momento especial de reflexões e engajamento da categoria.

Além de integrarem a Marcha, as trabalhadoras em educação participarão de oficinas temáticas, rodas de conversa, espaços culturais, entre outras atividades.

A 7ª Marcha das Margaridas é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), por Federações e Sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras.

História
A Marcha tem como força inspiradora a luta de Margarida Maria Alves, uma mulher trabalhadora rural nordestina e líder sindical, que, rompendo com padrões tradicionais de gênero, ocupou, por 12 anos, a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.

Por lutar pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, por igualdade e por defender direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais, foi cruelmente assassinada na porta da casa, em 12 de agosto de 1983.

Seu nome se tornou um símbolo nacional de força e coragem cultivado pelas mulheres e homens do campo, da floresta e das águas. É em nome desta luta que a cada quatro anos, no mês de agosto, milhares de Margaridas de todo o país marcham em Brasília, pedindo justiça, igualdade e paz no campo e na cidade. Fonte: Organização Marcha das Margaridas